O governo federal apresentou nesta quarta-feira (27) um pacote de medidas voltadas para o corte de despesas, abrangendo supersalários no serviço público e a criação de um imposto sobre grandes fortunas. O anúncio foi antecipado pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, durante coletiva de imprensa.
Entre os pontos destacados, Marinho confirmou que não haverá mudanças nas regras do seguro-desemprego, embora outras propostas para ajuste fiscal estejam sendo finalizadas. “Supersalários, imposto para super-ricos, vem tudo aí. Pacote completo”, declarou o ministro, sem entrar em detalhes sobre possíveis alterações no abono salarial ou na tabela do Imposto de Renda.
Objetivo do pacote
As medidas buscam equilibrar o crescimento das despesas com as receitas do governo, em linha com as exigências do arcabouço fiscal aprovado no ano passado, que limita o aumento real das despesas a 70% do crescimento das receitas. A meta é evitar o rompimento do teto de gastos até 2027.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fará um pronunciamento em cadeia de rádio e TV às 20h30 para detalhar as medidas, com coletiva de imprensa prevista para quinta-feira (28).
Outras iniciativas
Além do ajuste nos supersalários e do imposto sobre grandes fortunas, o pacote inclui uma reforma da previdência dos militares, a reformulação do Vale Gás e a revisão de benefícios no funcionalismo público federal.
Segundo Marinho, as medidas foram construídas em consenso após intensos debates no governo. Ele destacou sua participação ativa no processo, revertendo a decisão anterior de pedir demissão caso o Ministério do Trabalho fosse excluído das discussões. “Hoje, posso dizer que as minhas digitais estão lá nas propostas apresentadas”, afirmou. Com inf da Ag. Brasil)