A concretização do Corredor Bioceânico se desenha como um divisor de águas para a exportação de carne bovina em Mato Grosso do Sul. Com a redução de custos e um trajeto mais curto, o novo eixo logístico poderá tornar o Estado ainda mais competitivo no comércio internacional, especialmente no mercado sul-americano e asiático.
Atualmente, a carne sul-mato-grossense exportada para o Chile percorre caminhos longos e burocráticos. O novo corredor, que passa por Porto Murtinho, Carmelo Peralta (Paraguai) e Argentina, até chegar ao Chile, encurta distâncias e melhora a eficiência logística. Se o destino for a Ásia, os embarques seguirão pelos portos chilenos, reduzindo significativamente o tempo de transporte em relação à rota tradicional via Porto de Santos.
Para a indústria frigorífica, a nova rota representa um impulso estratégico. O setor avalia os custos do frete rodoviário e já aposta na ampliação das exportações para Chile e Peru. Além disso, a possibilidade de alcançar a China e o Japão com um percurso reduzido em até 7.000 quilômetros reforça o otimismo.
No setor de transporte, os desafios incluem a melhoria da infraestrutura viária e a redução da burocracia aduaneira, que pode atrasar a travessia de Mato Grosso do Sul e do Paraguai. A qualificação de motoristas para operar na rota internacional já começou, com cursos voltados à logística e transporte.
O impacto econômico do corredor poderá elevar o fluxo de transporte entre 5% e 10% ao ano, fortalecendo o PIB estadual e consolidando Mato Grosso do Sul como um dos principais corredores de exportação do Brasil.