O ano de 2025 começa com desafios para os motoristas. O aumento das alíquotas do ICMS sobre combustíveis, que entra em vigor no início de fevereiro, ocorre em um cenário de preços já pressionados pela alta do dólar e pela valorização do petróleo no mercado internacional.
A gasolina e o etanol terão um acréscimo de R$ 0,10 por litro na alíquota, subindo de R$ 1,37 para R$ 1,47. O diesel e o biodiesel também serão impactados, com um aumento de R$ 0,06, passando de R$ 1,06 para R$ 1,12 por litro. Esses ajustes devem impactar diretamente o bolso do consumidor e a inflação, já que a gasolina é um dos itens com maior peso no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
De acordo com dados da Edenred Ticket Log, os combustíveis já registraram aumentos significativos no final de 2024. Em dezembro, o preço médio do diesel S-10 alcançou R$ 6,27 por litro, enquanto a gasolina foi vendida a R$ 6,29 e o etanol chegou a R$ 6,47. A alta do dólar e a maior demanda sazonal impulsionaram os preços.
Apesar da Petrobras ter mantido uma política de reajustes mais cautelosa em 2024, com apenas um aumento no preço da gasolina e nenhum no diesel, outras refinarias, como a Refinaria de Mataripe, controlada pela Acelen, têm repassado as oscilações do mercado internacional de forma mais frequente.
Na última semana de dezembro, por exemplo, a Mataripe elevou os preços de venda, já refletindo a escalada cambial. A defasagem de preços também persiste. Segundo a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), o diesel comercializado pela Petrobras apresentava, até 4 de janeiro, uma diferença de R$ 0,67 por litro em relação à paridade de importação.
