ESPIRITUALIDADE
Estamos já no fim do mês de outubro, para a igreja este é o mês missionário. Pensando na felicidade das crianças, lembramos que delas depende nosso futuro, mas o futuro delas depende de nós, adultos.
Cuidar das crianças é nossa missão. Assim já podemos perceber que ser missionário não exige longas e trabalhosas viagens para levar nossa fé para lugares distantes e difíceis.
A nossa missão pode estar bem perto de nós. Em primeiro lugar os que nos são próximos. A esses podemos mostrar a beleza da vida, da natureza, das amizades, ajudando-os a terem bom relacionamento com os irmãos, os colegas, os vizinhos. Mais do que palavras, é o nosso exemplo que pode propor aos pequenos caminhos de alegria, felicidade e prazer de viver.
Como é bom recordar fatos de nossa infância! Quantas vezes gozamos do carinho de nossos pais, avós, tios e tias. Para os idosos de hoje, as memórias de abraços, conversas, passeios, histórias contadas por eles são boas lembranças. Naquele tempo não se festejava o dia da criança. O dia das crianças era todos os dias, desde o acordar, com um cheirinho gostoso do leite quente ou do pãozinho fresco, o agasalho nos dias frios, a galocha se estava chovendo, à tarde o cuidado com a tarefa escolar, e antes de deitar as orações de boa noite.
Há poucos dias celebramos a semana da criança, com um sentido comercial para alimentar o consumismo, muitas vezes festejado para encobrir a falta de amor. Falta em muitos lares a presença que dá segurança para a criança, porque os pais precisam trabalhar cada vez mais para consumir também cada vez mais.
Um dos poucos efeitos positivos da pandemia é a possibilidade do trabalho em casa para muitas profissões e o estudo em casa graças à tecnologia. É positivo porque permite a convivência familiar por mais tempo. É dessa convivência que nascem atitudes como cumprimentar os outros, agradecer ou perdoar.
O vínculo que se cria pela presença efetiva dos pais junto com os filhos é capaz de proporcionar uma segurança tal que o desenvolvimento da criança se dará mais tranquilamente, num amadurecimento sereno, que fará das crianças adultos mais felizes.
Nossa missão não pode limitar-se aos nossos próprios filhos e netos, precisamos pensar naquelas famílias que sofrem pela falta concreta de condições de demonstrar amor. Quem sabe poderíamos proporcionar um dia feliz para essas crianças!