A nossa fé nos faz viver com esperança. Pela fé podemos esperar que sempre o melhor vai acontecer. Mas essa esperança não é uma espera passiva, inerte, preguiçosa. Não! É uma espera ativa, que se movimenta em direção ao que desejamos que aconteça.
Paulo Freire cunhou uma palavra que nos ajuda a entender isso. É a palavra esperançar. É um verbo que pode se traduzir por agir com esperança.
Agir com esperança nos faz viver com caridade. Fazer o bem, ajudar a quem precisa, espalhar gestos de bondade, criar laços de amizade, tudo isso é esperançar.
Assim se unem os três maiores dons que de graça recebemos de Deus, que sempre age com amor: fé, esperança e caridade.
Não importa qual seja a religião que praticamos, ou que nem praticamos, a caridade pode transformar o mundo. Mesmo que nossa contribuição seja apenas um olhar, um sorriso, um aperto de mão, há gestos que melhoram a convivência entre as pessoas.
Quando ouvimos notícias de conflitos, violência, ódio, nosso coração se sente mal, mesmo que esses conflitos não nos atinjam diretamente. O simples fato de tomarmos conhecimento deles, nos entristece, nos deixa abatidos, porque sabemos que alguém, mesmo desconhecido, sofreu ou está sofrendo.
Do mesmo modo a alegria que provocamos em alguém pode transformar o mundo que nos cerca, isso vai se espalhando, refletindo entre outras pessoas que nem conhecemos. Esse tipo de caridade é bom, mas melhor ainda é poder ajudar colaborando de modo concreto.
Há muitas pessoas que não têm o que comer, não têm o que vestir, não têm onde morar. O Papa Francisco estabeleceu em 2017 um domingo para celebrar o Dia Mundial do Pobre, que neste ano será celebrado no próximo domingo, com o tema “Olhe para mim”, conforme a proposta “Não desvies o rosto de nenhum pobre”.
São pobres aqueles que perderam a digniddade causada pela injustiça, pela desigualdade social que faz algumas pessoas perderem a esperança, viver sem futuro.
Mostremos nossa solidariedade com gestos concretos em favor de quem mais precisa.