Antes de tentar descobrir qual o seu propósito ou missão de vida, precisamos entender que há um tempo para todo o propósito, como diz o texto sagrado em Eclesiastes 3.1. Isso muda completamente a perspectiva de como encaramos a realidade de que estamos de passagem e isto não pode ser em vão.
Nossa era está em uma gangorra, de um lado ansiedade (excesso de futuro) do outro, uma depressão (que causa um excesso de inércia), uma definição simplória sobre esses temas tão desafiadores para a ciência e para quem sofre nessa gangorra que altera tudo e todos. Mas o que há de comum nisso tudo, O TEMPO! Perceba, que tanto a ansiedade como a depressão impactam profundamente o tempo de cada indivíduo. Na tentativa de adiantar ou de não fazer, o tempo é implacável em seu curso, pois o seu propósito é justamente de não se perder! Eu estou citando ansiedade e depressão, mas isto é aplicável a todas as circunstâncias de nossa breve vida.
E nós? Nos perdemos! Se preocupamos em demasia em achar o propósito e nos esquecemos que o “tempo” já encontrou o dele e ele não nos espera. Salmos 90.12 traz um pedido: “Senhor, ensina-nos a contar nossos dias, para que nosso coração alcance sabedoria” Respeitar o tempo, compreender épocas e estações traz calma, alívio e descanso para a mente muito antes de encontrar o tal do propósito.
Quando aprendemos a “contar” nossos dias, descobrimos quando correr e quando parar de correr e essa descoberta só pode ser alcançada não quando olhamos para frente e sim quando olhamos para a Eternidade, descobrimos nosso propósito quando aprendemos que a morte não é o fim, mas que chegará o momento em que eu não irei precisar olhar para o relógio. E é claro, estou falando de céu ou inferno! Mas isto é assunto para o próximo texto.