Um professor e orientador da UFMS foi condenado, em primeira instância, a 8 anos de prisão em regime semiaberto e deverá pagar R$ 30 mil de indenização por danos morais. A decisão, proferida pela juíza May Melke Amaral Siravegna, veio nove anos após o crime ocorrido em uma festa realizada em uma república na cidade de Campo Grande.
Na ocasião, a aluna, então com 22 anos, encontrava-se em estado de vulnerabilidade após ter consumido bebidas alcoólicas. Segundo relatos, durante a confraternização, a jovem passou a sentir-se mal e foi conduzida por amigas para descansar em um dos quartos da república. Entretanto, o professor, que já era conhecido entre os alunos por seu comportamento afável e de “esquerdomacho” – termo usado para descrever sua postura afetuosa e próxima, inclusive com relações abertas –, seguiu-a até o quarto, trancou a porta e abusou sexualmente dela.
Testemunhas afirmam que já haviam notado atitudes suspeitas do professor durante a festa, que incluíam toques inadequados em alunas. Logo após o episódio, ele enviou mensagens para a vítima, marcando um encontro em que teria aconselhado o uso da pílula do dia seguinte, negando a prática de conjunção carnal.
Após o ocorrido, a vítima procurou a UFMS para formalizar a denúncia. Inicialmente, segundo seu relato, a instituição minimizou os fatos e optou por “passar pano” para o agressor. Somente com o apoio de outros professores e amigos ela conseguiu dar andamento ao processo, mesmo enfrentando o descrédito e o isolamento decorrentes da denúncia. ( Com inf do midia max)