A onça-pintada que atacou e matou o caseiro Jorge Avalo, conhecido como “Jorginho”, de 60 anos, retornou ao local do ataque na madrugada desta quarta-feira (23), na região do Touro Morto, no Pantanal sul-mato-grossense. Segundo testemunhas e agentes envolvidos nas buscas, o animal voltou ao ponto onde estavam os restos mortais da vítima, rasgou a tela de proteção e chegou a mexer na lona que cobria o corpo, que já havia sido removido.
De acordo com relatos de moradores e equipes que atuam na região, a suspeita é de que a onça tenha retornado à procura da presa, não se conformando com a retirada do corpo do local. O comportamento reforça a hipótese de que o felino estava em instinto de caça, o que pode representar risco para outras pessoas nas proximidades.
A cena assustadora aconteceu poucas horas depois de os restos mortais de Jorginho terem sido localizados por equipes da Polícia Militar Ambiental (PMA), com apoio do Corpo de Bombeiros, familiares e moradores da região. O corpo foi encontrado em uma área de mata fechada, a cerca de 280 metros do rancho onde ele trabalhava como zelador de um pesqueiro há mais de 20 anos.
A PMA informou que, possivelmente, a onça voltou ao local com a intenção de proteger ou esconder o corpo, comportamento comum entre grandes felinos após uma caçada. Durante a madrugada, ao ser surpreendida por agentes que faziam varredura na área, a onça ainda teria tentado avançar sobre um dos militares, que sofreu ferimentos leves no braço provocados por um golpe do animal. A equipe conseguiu afastar a onça com disparos de advertência.