A barragem do Lago do Amor, em Campo Grande, voltou a desabar pouco mais de um ano após sua reconstrução. Apesar do alto investimento de R$ 3,8 milhões na obra, concluída em 2024, a estrutura não resistiu a uma chuva de 64,4 mm e cedeu novamente. Desta vez, a Prefeitura afirmou que os danos foram causados pelo bloqueio da tubulação do extravasor por troncos e galhos de árvores arrastados pela enxurrada, e não por falhas na engenharia.
Diante dessa justificativa, a Prefeitura informou que os reparos não serão cobertos pelo seguro-garantia, pois a responsabilidade pelo incidente não recai sobre a empreiteira CCO Infraestrutura Ltda., empresa responsável pela obra. Assim, os custos da nova intervenção devem ser arcados pelo município, mas ainda não há previsão de orçamento ou cronograma para o conserto.
O colapso da barragem reacende o alerta sobre o assoreamento do Lago do Amor, um problema ambiental que compromete a capacidade de retenção de água e aumenta o risco de inundações na Avenida Filinto Müller. Pesquisas da UFMS indicam que, nos últimos anos, o lago perdeu quase metade de sua capacidade original e pode desaparecer se não forem adotadas medidas de preservação.