quinta, 17 julho 2025

SAÚDE

há 1 semana

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Com mais de 13 mil casos prováveis, MS promove 1º Simpósio de Enfrentamento à Chikungunya

Evento reúne gestores e especialistas da saúde para reforçar estratégias contra o avanço da doença, que já soma 12 óbitos em 2025 no estado

Atualizado: há 1 semana

Suelen Morales

Mato Grosso do Sul enfrenta um cenário preocupante de avanço da Chikungunya em 2025, com 13.163 casos prováveis, 5.428 confirmações e 12 mortes registradas até o final de junho. Diante desses números, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) realizou, nesta sexta-feira (4), o 1º Simpósio de Enfrentamento à Chikungunya, no Bioparque Pantanal, em Campo Grande.

Com o tema “Chikungunya em Foco: Estratégias Integradas e Inovações no Enfrentamento”, o encontro reuniu profissionais da linha de frente, coordenadores de saúde dos 79 municípios e representantes regionais para discutir respostas mais eficazes diante do crescimento acelerado da doença.

A secretária-adjunta de Saúde, Crhistinne Maymone, ressaltou a importância da integração entre os municípios para enfrentar os surtos.

“Estamos vendo um aumento expressivo de casos em várias cidades. Por isso, é essencial que as regiões mais afetadas troquem experiências, alinhem estratégias e contem com apoio técnico direto do Estado. Nossa atuação tem sido próxima, com visitas técnicas, reuniões com prefeitos e orientação às equipes locais”, afirmou.

A gerente técnica de Doenças Endêmicas da SES, Jéssica Klener, destacou a necessidade de qualificar os profissionais para lidar com os casos agudos e crônicos da doença.

“A Chikungunya está se espalhando rapidamente e precisamos garantir um atendimento completo. Isso inclui tratar as dores crônicas e entender os impactos sociais e psicológicos, além de capacitar as equipes para ações resolutivas na ponta”, pontuou.

Presente no simpósio, a consultora técnica do Ministério da Saúde e especialista da SES, Bianca Modafari, reforçou o papel de destaque de Mato Grosso do Sul no combate às arboviroses.

“Temos uma vigilância ativa que possibilita identificar a doença precocemente. Essa agilidade tem feito a diferença, inclusive no controle de óbitos. Mesmo com alta incidência, nossos números estão abaixo de estados que enfrentaram epidemias severas”, explicou.

O simpósio contou com mesas-redondas sobre vigilância, teleconsultoria, manejo clínico, práticas integrativas e o impacto psicológico da doença. O objetivo da SES é unificar esforços e atualizar os protocolos de atendimento diante do avanço do vírus em todo o estado.

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