A Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) de Campo Grande emitiu um alerta sobre um recente aumento nos casos de hepatite A, com nove ocorrências registradas em 2024, todas entre indivíduos de 15 a 31 anos, incluindo seis homens e duas mulheres. Este é o primeiro registro da doença na capital desde 2019, levantando preocupações sobre a transmissão e prevenção do vírus.
A hepatite A, uma infecção viral que causa inflamação aguda no fígado, é transmitida principalmente pelo contato de fezes com a boca, através de água e alimentos contaminados, além de relações sexuais. Os principais sintomas incluem fadiga, mal-estar, febre, dores musculares, enjoo, vômitos, dor abdominal e diarreia. A urina escura pode ser um dos primeiros sinais, aparecendo antes do quadro clínico característico de icterícia (amarelamento da pele e olhos).
O Ministério da Saúde destaca que não existe um tratamento específico para hepatite A, e enfatiza a importância de evitar a automedicação, já que o uso inadequado de medicamentos pode agravar a condição. Apenas profissionais de saúde estão autorizados a prescrever os tratamentos necessários.
Para prevenir a infecção, a SESAUs recomenda várias medidas, como:
- Consumir água tratada, fervida ou filtrada.
- Lavar bem alimentos que serão consumidos crus.
- Cozinhar frutos do mar e peixe antes do consumo.
- Manter uma rigorosa higiene das mãos, especialmente após usar o banheiro ou manusear alimentos.
- Evitar construções de fossas próximas a fontes de água.
- Usar preservativos e higienizar as partes íntimas antes e após as relações sexuais.
- Vacinar crianças entre 15 meses e 4 anos contra a hepatite A, conforme o calendário vacinal.
A vacina está disponível nas unidades de saúde da cidade e é uma ferramenta crucial na prevenção da hepatite A, especialmente para crianças.